Achei bastante interessante a constatação empírica de que a escrita não é espontânea, mas um processo cujo objetivo é dar uma resposta a uma questão, ou seja, é uma sequência de atividades que pode ser orientada para atingir o que se propõe.
Foi importante constatar que é o escritor que se coloca o problema: "[...] toda demanda externa é introjetada pelo escritor que 'traduz' a tarefa de escrita em termos que lhe convêm ou interessam" (FORTUNATO, 2009) . Isso deixa para nós, professores, a tarefa de mobilizar o aluno para que se interesse por resolver o problema. O sujeito do discurso é o aluno, sendo assim o que ele escreve deve responder a questões próprias. A definição do problema pelo escritor, portanto, é o foco deste texto. A pesquisa compara os procedimentos que escritores mais experientes e menos experientes seguiram para tomar delimitar o problema.
Entre os elementos observados como objetivos do escritor estão:
- o leitor, o próprio escritor, o conteúdo semântico e a composição do texto.
- a relação que o escritor cria com o leitor, a imagem que o escritor quer criar de si mesmo
- a construção de uma cadeia coerente de ideias
- as características formais do texto, ligadas ao conhecimento das estruturas enunciativas
Um comentário:
Bel, ao ler seu texto fiquei com a sensação de já tê-lo lido e comentado, porém a ausência de comentários publicados levou-me comentar (não sei se novamente!). Pois bem, o que eu observei diz respeito ao seu último parágrafo. Não sei se compreendi bem o que você quis dizer. Por que você diz que as características formais do texto vêm em segundo plano?
Beijo, Márcia.
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